Uma pesquisa da consultoria Standard & Poors sobre o índice de alfabetismo financeiro no mundo, em 2014, aponta que 30% da população mundial é considerada “alfabetizada financeiramente”.
O termo “alfabetismo financeiro”, segundo os pesquisadores Leora Klapper e Peter van Oudheusden, do Banco Mundial, e Annamaria Lusardi, da The George Washington University School of Business, refere-se ao grupo de pessoas que conhecem conceitos básicos de finanças, como taxa de juros simples, juros composto, inflação e risco.
Em um ambiente financeiro cada vez mais sofisticado, surgimento das fintechs, implantação do PIX, que é a plataforma do Banco Central do Brasil que vem para facilitar os pagamentos e transferências bancárias, taxa SELIC em níveis mais baixos da história e certa facilidade de crédito face à pandemia do Covid-19, é cada vez mais evidente a necessidade de as pessoas estarem bem informadas sobre finanças e gestão financeira.
O conhecimento básico sobre elementos de finanças torna-se mais importante em ambientes nos quais o desemprego e a queda de renda são mais presentes, como é o caso do Brasil. No país, essa deficiência também tem muito a ver com a frágil base educacional, principalmente no ensino da matemática.
O grande desafio, contudo, é como dar às pessoas o mínimo de informações sobre finanças capaz de ajudá-las a sobreviver nesse ambiente cada vez mais complexo.
Em fevereiro desse ano, foi criada, em Brasília, a startup Pricebook!, que funciona de forma customizada, na qual o usuário cadastra os produtos que normalmente compra, como produtos alimentícios, de higiene pessoal, de limpeza, remédios, entre outros. Tudo isso através da simples leitura do código de barras.
Assim, o usuário pode, toda vez que fizer as compras, verificar como o preço atual dos produtos se comporta em relação ao preço da última compra. O Pricebook! está disponível gratuitamente para download nos sistemas IOS e Android, e o usuário pode acompanhar a evolução do histórico de preços dos produtos de compra recorrente.
A plataforma foi desenvolvida, pensando em reforçar e estimular o entendimento sobre finanças e a importância do dinheiro ao longo do tempo, trabalhando, assim, na prática, um dos pilares do conceito de “alfabetismo financeiro”: o pilar da inflação.