Conhecida pelo concreto e pelo verde, Brasília está muito arco-íris! A razão é Cidade Orgulho, uma das atividades do festival LGBT Brasília Orgulho e que colore espaços públicos da capital com o símbolo máximo da comunidade.

Até 28 de julho, cinco lugares de grande fluxo de pessoas exibem novas cores. Um deles é a Rodoviária do Plano Piloto, por onde passam cerca de 600 mil pessoas por dia. As quatro escadas do lugar, no coração da cidade, receberam adesivagem e ganharam destaque – e muito orgulho.

A poucos metros daí, um mastro arco-íris se abre em um teto de pano igualmente colorido. É instalação feita na estação Central do Metrô, por onde passam 120 mil pessoas diariamente.

Na saída da estação seguinte, a Galeria, há a praça Marielle Franco, que agora passou a ter o atrativo de uma de suas estruturas, de mais de 7 metros de largura, estar totalmente multicolor.

O gigantismo também está em um dos prédios mais importantes da cultura nacional: o Cine Brasília. O grande triedo na entrada do edifício recebeu um arco-íris de 11 metros de altura e 8 metros de largura.

A quinta obra tem forte cunho social e de inclusão. As escadarias e as paredes do chamado Buraco do Rato, área degradada do Setor Comercial Sul (SCS), no coração da cidade, recebeu pintura arco-íris feita por moradores de rua da área, dentre eles, pessoas LGBT.

Antes da pintura, foi feita conversa com o grupo sobre respeito a LGBT e a importância de cuidar do espaço. A iniciativa foi apoiada pela ONG No Setor e pela entidade Tulipas do Cerrado, que trabalha com redução de danos no consumo de drogas.

Produtor da atividade e co-coordenador do Brasília Orgulho, Igor Albuquerque explica as razões a iniciativa, que é realizada anualmente, e os diferenciais deste ano.

“Essa intervenção artística urbana é focada em dar visibilidade à causa LGBT, dar mensagem à sociedade para respeitar LGBT e, para esses, fortalecer sua auto-estima e mostrar que a cidade também é nossa. E neste ano, depois de termos trabalhado com prédios rebuscados nas outras edições, fomos a lugares desvalorizados da cidade, tais como o SCS e Rodoviária do Plano Piloto propor nova relação das pessoas com esses espaços e até realizar trabalho social com quem da nossa comunidade vive na rua.”