O presidente do Banco Regional de Brasília, Paulo Henrique Costa, detalhou a revolução que comandou na instituição nos últimos quatro anos aos membros do Lide Brasília, grupo que reúne os maiores empresários e dirigentes classistas da cidade. Na palestra “Um case de sucesso: a história de superação do BRB”, ele detalhou a ascensão do banco, hoje uma das instituições financeiras mais importantes do Brasil. O almoço-debate foi organizado por Fernando Cavalcanti, vice-presidente do Nelson Wilians Advogados.

A apresentação foi prestigiada pelo governador, Ibaneis Rocha, e pelos secretários de estado Agaciel Maia (Relações Institucionais), Bartolomeu Rodrigues (Cultura), Rodrogo Delmasso (Família e Juventude), Itamar Feitosa (Fazenda), Júlio César Ribeiro (Esportes) José Humberto Pires de Araújo (Governo), Ney Ferraz (Planejamento) e Gustavo Carvalho Amaral (Ciência, Tecnologia e Inovação). Também estiveram presentes o deputado distrital Jorge Vianna (PSD), a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) e os senadores Sérgio Petecão (PSD-AC) e Vanderlan Cardoso (PSD-GO). Líderes de sindicatos patronais e associações também foram ao almoço-debate do Lide Brasília.

Presidente do Lide Brasília, o empresário Paulo Octávio saudou os excelentes resultados obtidos por Paulo Henrique Costa. “Ele esteve conosco uma vez, há três anos, e a revolução do banco não havia acontecido, mas o que nós assistimos foi um choque de gestão e o mérito, logicamente, é do governador, que soube escolher a pessoa certa e deu a ele toda a condição”, avaliou. “A recuperação do BRB talvez seja uma das maiores conquistas do governo”, completou. “Foram quatro anos foram maravilhosos. O BRB atuou no campo social, no campo esportivo, em todas as atividades de Brasília e ajudou a parte cultural da cidade. Agora é importante saber o que vem nos próximos quatro. Vamos pensar como o BRB pode nos ajudar mais no crescimento da nossa cidade”, concluiu.

A palestra de Paulo Henrique Costa traçou a trajetória desde o convite até os dias atuais. “Foi uma jornada que desde a primeira conversa com o governador ficou claro quais eram os nossos objetivos: pegar um banco público regional, sobre o qual havia uma série de dúvidas, e transformá-lo em um banco nacional para devolver a instituição financeira à população do Distrito Federal, e fazer com que tivesse protagonismo no dia a dia da cidade, na geração de emprego e renda e alcançar, de maneira democrática, a maior quantidade de setores e pessoas”, afirmou.

Para o presidente do BRB, o primeiro objetivo era fortalecer a instituição, resgatar a autoestima dos empregados, que estava muito abalada, e abraçar o setor produtivo, que de faz a diferença na nossa economia. “Foi transformando o banco, diversificando a atuação e construindo uma estrutura de governança que pudesse dar a perenidade a o que estava sendo feito que a gente começou a tornar o BRB mais próximo da cidade”, destacou.

O desafio seguinte era fazer com que as pessoas pudessem perceber a vantagem que é ter um banco público local, com a geração de impacto positivo. “E começamos assumindo uma série de responsabilidades. Um dos primeiros desafios que o governador entregou foi assumir o sistema de bilhetagem do transporte público. Quem não lembra as diversas filas ou a Galeria dos Estados cheia, sob sol e sob chuva, com as pessoas aguardando operações? E a gente foi lá e transformamos o sistema de bilhetagem”, disse.

Muitas das soluções que o banco hoje oferece foram criadas no rastro da pandemia da Covid-19. “Aqueles desafios deixaram legados. O BRB, em conjunto com o GDF, entrou em programas sociais que beneficiaram mais de 300 mil famílias, distribuindo R$ 1,3 bilhão nesses quatro anos. Quando a gente fala do valor da existência de um banco público local é isso. É fazer retornar para cidade o resultado que a gente gera. Carregar o papel do desenvolvimento econômico, mas também ter a sensibilidade de fazer investimentos. E nem estou falando dos R$ 800 milhões que distribuímos em dividendos nesses quatro anos, que foram para financiar obras relevantes do Distrito Federal”, acrescentou.

Ele também destacou o fato de o BRB ter sido a primeira instituição financeira a lançar um programa de recuperação empresarial. “E isso ocorreu em três dias úteis, tempo que demorou para lançar o Supera-DF. Todos os programas lançados naquela época movimentaram R$ 9 bilhões desde então, beneficiando mais de 11 mil empresas e mais de 300 mil pessoas físicas. Imagine qual teria sido o impacto na economia do Distrito Federal se a gente não colocasse esses recursos à disposição, para dar tranquilidade e serenidade num momento turbulência como o que passamos. E, claro, todo esse lado social só funciona bem porque a gente tem um banco forte”, completou.

Enquanto trabalhava pela cidade, o BRB também se transformou internamente. “Há quatro anos, tínhamos uma carteira de R$ 800 milhões no crédito imobiliário, ou 2,5%. Entendendo o valor da construção civil, encaramos o desafio de nos tornarmos líderes. Há três anos somos o banco líder de crédito imobiliário no Distrito Federal e hoje nós temos mais de 50% de participação. É o BRB realizando o sonho da casa própria e gerando emprego e renda, permitindo que a gente cresça”, disse.

Para Paulo Henrique Costa, os quatro primeiros anos também foram de apoio a iniciativas de gestão, transformação e inovação, com o patrocínio dos principais eventos neste campo. “E logo, logo a gente vai ter o Vale do Silício no Planalto Central aqui em Brasília, como nossa lei orgânica previa desde o início”, afirmou. “Também vamos iniciar o desenvolvimento de mais um bairro, do pátio ferroviário em conjunto com todas as federações e sindicatos aqui presentes, para que a gente possa cuidar do desenvolvimento cada vez mais ordenado e legal, atuando de maneira cada vez mais estreita com o setor produtivo”, completou.

O presidente do BRB também avaliou a participação da instituição no esporte. “Me permito dizer que, sem o BRB, não existiria o esporte profissional no DF”, comentou, antes de analisar a parceria com o Flamengo. “Ela permitiu que alcançássemos 3,5 milhões de contas e lançássemos nossa marca para o País, o que deu um retorno de imagem da ordem de R$ 2,2 bilhões. Nunca teríamos conseguido essa repercussão e esse impacto sem que a gente pudesse ter uma parceria com alguém desse tamanho”, completou. “Como 52% dos brasilienses se declaram torcedores do Flamengo, isso foi também uma forma de manter o vínculo aqui e trazer para Brasília uma marca internacional”.

Ao fim da palestra, o governador Ibaneis Rocha disse que os eventos do Lide Brasília são uma oportunidade para reunir o GDF, secretariado, empresariado, federações e sindicatos. “Esse é um compromisso assumido na campanha de 2018: o setor produtivo ia ter participação direta no nosso governo, trazendo ideias e soluções. Temos trabalhado ao longo desse período para facilitar a vida dos brasilienses. Eu acho que o governo tem de tratar o empresariado com muito carinho. Porque são vocês que geram os empregos de verdade da cidade”, avaliou.

“O BRB, para nós, foi mais um ente nessa filosofia que eu adoto. Eu convidei o Paulo para ser presidente do banco sabendo das dificuldades. Todos diziam que nós iríamos privatizá-lo e eu fui na direção contrária, pois entendi que ele seria muito importante para a administração e para criação de soluções para o Distrito Federal e para a economia da nossa cidade. E acertei. Nunca tive a de tratar com o Paulo da indicação de diretores. Todos foram escolhidos por ele, com liberdade”, contou. “E assim faço com todos os meus secretários. E é dessa confiança que nasce o grande sucesso da administração do Distrito Federal nesses últimos quatro anos. Eu tenho convicção de que conto com o apoio do empresariado da cidade”, disse.

“Nosso governo também tem um relacionamento muito positivo com a classe política como um todo, e nisso está inserido o Paulo Octávio, que teve uma grande contribuição no trabalho de manutenção do Fundo Constitucional do DF”, agradeceu, homenageando ainda os senadores Vanderlan e Petecão, além da base do DF no Congresso Nacional.

Por Jorge Eduardo | Fotos: Rayra Paiva/Divulgação