Como forma de impulssionar a presença de jovens negros, indígenas e de periferias do Brasil na área da tecnologia, os coletivos GatoMídia e TALES estão com inscrições gratuitas abertas para o LAB Afro-ameríndio Narrativas Gamificadas. Voltado para o aprendizado e criação de jogos eletrônicos, o projeto inédito é aberto para pessoas entre 15 e 29 anos, que atuam com design, audiovisual, artes visuais, mídias digitais ou que tenham um conhecimento básico de programação. As inscrições vão até o dia 3 de setembro, através do formulário (acesse aqui).
O Laboratório Permanente Afro-ameríndio atua no ensino em rede e na produção criativa em linguagens visuais, imersivas e tecnológicas com foco em grupos sociais minorizados (mulheres, LGBTQIAPN+, pessoas negras e indígenas). O objetivo central do projeto é ajudar a reparar as disparidades sociais, visto que, no Brasil, apenas 31,5% das pessoas que atuam na área da tecnologia são mulheres e 36,9% são negros, segundo pesquisa do PretaLab. Os povos originários são ainda mais excluídos: representam apenas 0,3% do setor.
— É importante combater a ideia de que a produção de tecnologia deva ser privilégio ou prerrogativa de uma elite social ou econômica. Acreditamos que a raiz de toda tecnologia está intrinsecamente ligada à cultura e a saberes ancestrais. Por isso, alcançar o universo da tecnologia e da criação de games será mais uma consequência desse protagonismo — afirma o Coordenador Pedagógico do GatoMídia, João Araió.