A reunião contou com a participação de representantes da Secretaria de Cultura do DF e do Ministério da Cultura
Promovida pelo gabinete do deputado distrital Max Maciel (PSol), a reunião com agentes culturais, realizada na última quinta (9), na CLDF, teve como objetivo debater e tirar dúvidas sobre a Lei Paulo Gustavo. Segundo o Ministério da Cultura, ainda no mês de março, será lançado um decreto regulamentando a medida em nível nacional.

A reunião contou com a participação de representantes do Ministério da Cultura, da Secretaria de Cultura do DF e do Conselho de Cultura do DF. Na ocasião, os agentes culturais tiraram suas dúvidas sobre a Lei Paulo Gustavo, como o remanejamento do recurso, se existirão mecanismos para a descentralização do recurso e se ele poderá ser utilizado para reformar e adaptar espaços culturais. A previsão é que seja destinado R$ 47 milhões da Lei Paulo Gustavo para o DF.

O deputado distrital Max Maciel iniciou a reunião perguntando sobre os mecanismos que serão adotados para a descentralização desses recursos nos territórios.  “Nós temos 3,5 milhões de pessoas no DF, mas tem 96 salas de cinema concentradas no eixo Plano Piloto. Enquanto nós não temos nada na periferia. Cidades como Brazlândia, Ceilândia, Samambaia e Recanto somam mais de 1,5 milhão de pessoas sem uma sala de cinema público. E espaços como o Cine Itapuã, o Complexo Cultural de Samambaia e Planaltina e o Teatro da Praça em Taguatinga ou estão abandonados ou simplesmente não funcionam. Como a Lei Paulo Gustavo pode sanar esses problemas?”, questionou o parlamentar.

O diretor de Assistência Técnica a Estados, Distrito Federal e Municípios do Ministério da Cultura, Tiago Rocha, presente na reunião, garantiu que os recursos da Lei Paulo Gustavo poderão ser usados para a manutenção e a ampliação das salas de cinema existentes. “Não será possível construir novas salas de cinema com o recurso, mas podemos mudar a vocação de um espaço para adicionar cinema. Podemos pegar museus e teatros e fazer uma alteração na vocação, não precisa virar exclusivamente uma sala de cinema, mas a mudança pode ser feita”, explicou o diretor do MinC.

Foto: Priscilla Castro