O Museu Nacional da República (MUN) abriu nesta sexta-feira (3) uma exposição que usa a convivência de artistas sob o mesmo teto como fonte de inspiração. Hospitalidade reúne, simultaneamente, na Galeria Térreo do equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), mostras individuais de Cecília Lima, Raíssa Studart e Cléber Cardoso Xavier criadas ao longo de duas semanas em junho de 2019.

Imersos no povoado de Olhos D’Água, no município de Alexânia (GO), os artistas nutriram-se da hospitalidade da também artista Suyan de Mattos, que tem lá sua casa-ateliê, dublê de refúgio para finais de semana. “As minhas casas [mantém outra em Brasília] são os meus ateliês. Eu chamo essa casa de ‘Lugar de Suyan’”.

Ela explica a vivência estética: “Uma vez ao ano eu convido artistas para morarem lá. Eles ficam duas semanas, produzindo um projeto que me apresentam com antecedência. Eles ficam, eu saio”. Para a diretora do MUN, Sara Seilert, “curadorias como essas são propostas que trazem provocações contemporâneas para o espaço institucional do museu”.

Foram curadorias separadas. Yana Tamayo, sobre a criação de Cecília Lima, diz que seus trabalhos “nos convidam a atentar para o mínimo, lento e frágil arranjo entre as coisas. Deslocamentos a pé, de ônibus ou carro pela cidade, além da observação cotidiana da arquitetura, suas construções e abandonos, fazem parte do processo de pesquisa desta artista que recolhe pequenos indícios materiais, testemunhas dos fluxos implicados nas transformações do espaço urbano”.

Foto: Divulgação/GDF Presente.
Texto: Agência Brasília