O Distrito Federal é, hoje, um dos líderes na luta contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV, sigla em inglês). Ao lado de São Paulo, a capital brasiliense atingiu o Grupo 4 – nível mais elevado da classificação nacional – no indicador “Razão PrEP: HIV”. Esse índice compara a quantidade de pessoas em uso da Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) com o número de novos casos de infecção e reflete a eficácia das estratégias de prevenção adotadas pela Secretaria de Saúde (SES-DF). 

Disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2017, o PrEP previne a infecção pelo HIV bloqueando os caminhos que o vírus usa para contaminar o organismo. De acordo com o Relatório de Monitoramento de Profilaxias Pré e Pós-Exposição ao HIV 2023, elaborado pelo Ministério da Saúde, o DF apresenta a menor taxa de descontinuidade da PrEP no Brasil, com apenas 21%, frente à média nacional de 30%. Ou seja, quase 80% dos pacientes do DF concluem o tratamento.

Esse percentual reflete as estratégias da SES-DF de prevenção combinada e de cuidado integral à saúde das pessoas que precisam do tratamento. “Um dos diferenciais da estratégia adotada no DF é a prescrição multiprofissional da PrEP e da Profilaxia Pós-Exposição [PEP], realizada por médicos, enfermeiros e farmacêuticos capacitados. Isso amplia o acesso, reduz barreiras e fortalece a resposta à doença”, afirma a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) da SES-DF, Beatriz Maciel Luz.