Na terça-feira (9/4), a Secretária do Entorno do Distrito Federal (SEDF-GO), Caroline Fleury, marcou presença no lançamento da atualização do Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU) do DF. Este novo plano não só contemplará a capital, mas também 13 municípios do Entorno, sendo 12 de Goiás e 1 de Minas Gerais. A assinatura da Ordem de Serviço ocorreu no Palácio do Buriti, em Brasília, com a participação da vice-governadora Celina Leão e do secretário de Mobilidade do DF, Zeno Gonçalves.
“Entendemos que não há revisão do plano diretor de transporte sem o envolvimento do Entorno. A infraestrutura de transporte da região é essencialmente conectada à nossa, e dependemos do trabalho da SEDF-GO. Estamos comprometidos em desenvolver este plano em conjunto”, destacou o secretário de Transporte e Mobilidade do GDF, Zeno Gonçalves.
O estudo, com investimento de R$ 7,8 milhões, será conduzido em parceria com o Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans) da Universidade Federal de Santa Catarina, e previsão de conclusão para 2025. Seu escopo abrangerá a mobilidade urbana na Região Integrada do Entorno do DF (Ride) ao longo dos próximos 15 anos, afetando uma população de 3,1 milhões de habitantes.
Segundo um levantamento preliminar do LabTrans, em uma década, a população da capital cresceu 10% e a motorização aumentou 62%. Portanto, o projeto priorizará o envolvimento da população para compreender suas reais necessidades e padrões de locomoção.
Para Caroline Fleury, titular da SEDF-GO, “Este é um marco histórico. Não pode haver política pública sem um diagnóstico aprofundado. Estamos colaborando com profissionais extremamente competentes do LabTrans e, o mais importante, estamos integrando este processo com o Entorno”. Fleury indicou o superintendente da Região Metropolitana do Entorno do DF, Fernando de Melo, que acompanhará o trabalho executado pelo LabTrans.
Fleury também ressaltou que o PDTU anterior já mencionava esses municípios, mas de forma superficial. Para ela, os estudos serão cruciais para implementar políticas públicas necessárias, considerando que 60% da mão de obra do Entorno se desloca para a capital diariamente. “Estamos falando das vidas das pessoas. Estamos confiantes de que este trabalho resultará em benefícios tangíveis tanto para Goiás quanto para o Distrito Federal”, concluiu.