O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, autorizou o repasse de R$ 430 milhões para ações emergenciais frente ao período de estiagem no interior do estado do Rio Grande do Sul. Os recursos serão destinados às área da agricultura, desenvolvimento social e defesa civil.

Diante das demandas de prefeitos, deputados, vereadores e entidades representativas dos trabalhadores de campo, pelo apoio emergencial para enfrentamento do desastre natural, Lula e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Paulo Pimenta (Secom), Wellington Dias (MDS), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Carlos Fávaro (Agricultura), Jader Filho (Cidades) e Alexandre Padilha (SRI), além do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galipolo, fizeram reunião nesta quarta-feira (22/2), no Palácio da Alvorada.

“São R$ 430 milhões para ações emergenciais que envolvem abastecimento de água, combate à fome emergencial e garantia de subsistência mínima para as famílias atingidas. Entre outras coisas, para poder garantir parte do rebanho que está morrendo por falta de água e por falta de alimento. Existe um conjunto de outras medidas estruturantes, em vários ministérios, e uma absoluta disposição de constituir um grupo de trabalho com o governo do estado, com as prefeituras, com as entidades do setor, para debatermos nos próximos dias medidas complementares”, afirmou Paulo Pimenta.

Nesta quinta, 23/2, uma comitiva de ministros visita Hulha Negra, município localizado em uma das regiões mais castigadas pela seca no estado, para oficializar as medidas do Governo Federal. 

“Na área da agricultura familiar, vamos criar uma segunda parcela do Crédito Instalações no valor de R$ 5.200 para cada agricultor enfrentar o tema do milho que precisa comprar, ração para animais e infraestrutura na propriedade. A ideia é atender dez mil famílias”, explicou Paulo Teixeira. “Além disso, vamos conceder crédito para 40 mil agricultores no valor de R$ 6 mil”, completou o ministro. 

Para agricultores de baixa renda incluídos no Cadastro Único do Governo Federal, haverá um repasse emergencial extra via Bolsa Família de até R$ 2.400 a mais de dez mil famílias, num investimento estimado em R$ 25 milhões. “É um valor voltado para agricultores familiares, indígenas, quilombolas, mediante um acompanhamento da rede de assistência técnica. Um recurso para amenizar as perdas e voltado para a produção”, explicou Wellington Dias. 

Foto: Ricardo Stuckert | Texto: Secom