Celebração da Arquidiocese de Brasília, que havia sido suspensa devido à pandemia de covid-19, foi retomada com a presença de milhares de pessoas.

Neste feriado de quinta-feira (16), milhares de fiéis católicos acompanharam o retorno da tradicional Festa de Corpus Christi da Arquidiocese de Brasília, na Esplanada dos Ministérios. Foram dois anos de espera, uma vez que a manifestação de fé na Eucaristia não pôde ser realizada no local, em 2020 e 2021, devido à pandemia.

A solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo contou com uma programação variada ao longo do dia, que foi culminada com a Santa Missa – celebrada no altar montado no gramado da Esplanada dos Ministérios, próximo à Catedral – e, em seguida, com a procissão.

Às 17 horas, a Santa Missa foi celebrada pelo cardeal-arcebispo de Brasília, dom Paulo Cezar Costa – que preside pela primeira vez a festa na Esplanada – e concelebrada por bispos auxiliares, sacerdotes – cerca de 200 –, diáconos, religiosos e seminaristas. Um total de 490 ministros extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística (Mesce) serviu durante o evento.

Na homilia, dom Paulo Cezar enfatizou sobre a definição da Eucaristia e seu significado para os cristãos. “Na Eucaristia, celebramos o ápice do amor de Cristo. Que esta celebração de hoje relembre que nós somos o Corpo de Cristo”, frisou o arcebispo, pedindo ainda que os fiéis se envolvam na grande rede de solidariedade, visando erradicar a fome no Brasil.

Entre os milhares de fiéis que lotaram os gramados da Esplanada, estava Abiaci Fernandes Moraes, 63 anos, amparada por muletas. Católica, a professora de gastronomia garante que frequenta missa. “Fiz a primeira comunhão com Dom Ávila”, disse, orgulhosa. “As muletas não me impediram de vir aqui. Trouxe cadeira para sentar. A energia aqui é muito boa. Acredito na festa do Corpo de Cristo, que busca o melhor do ser humano”, concluiu a avó de cinco netos e três filhos, residente em Planaltina.

Entre as autoridades presentes à Santa Missa estava o vice-governador Paco Britto, acompanhado de sua esposa Ana Paula Hoff. “É muito bom ter esse retorno presencial e proclamar nossa fé, mas devemos lembrar a todos que devemos manter os cuidados necessários”, disse, referindo-se à pandemia da covid-19.

Também prestigiaram a celebração o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, os secretários José Humberto Pires (Governo) e Júlio Danilo Souza Ferreira (Segurança Pública), o diretor do Detran, Thiago Nascimento, parlamentares e embaixadores.

Os festejos de Corpus Christi acontecem em Brasília desde 1961 e, como celebração arquidiocesana na Esplanada dos Ministérios, desde 1978. De acordo com a Arquidiocese de Brasília, neste ano, os festejos foram organizados pela Comissão de Corpus Christi, que é coordenada pelos Mesces da Arquidiocese.

A programação teve início às 7h, quando o pároco da catedral de Brasília, padre Paulo Renato, iniciou a oração com os jovens, dando abertura à confecção do tradicional tapete de 130 metros de Corpus Christi – manifestação popular de adoração a Jesus no Santíssimo Sacramento, onde passa a procissão. O arcebispo, com o ostensório, é o primeiro a passar pelo tapete.

À tarde, uma fila quilométrica de pessoas aguardava pelo atendimento à confissão. Quem foi à festa, pôde contar ainda com uma praça de alimentação, que oferecia lanches e almoço no cardápio.

À noite, ao final da Santa Missa, os presentes seguiram o trajeto de 1,5 km, na tradicional procissão para honrar o Santíssimo Sacramento. Durante a procissão, o arcebispo deu três bênçãos com o Santíssimo Sacramento: aos enfermos, aos governantes e às famílias.

*** Com informações da Agência Brasília

** Foto: Vinicius de Melo/Agência Brasília