Mesmo sem correr risco imediato de desabastecimento de oxigênio na rede pública de saúde, o Governo do Distrito Federal (GDF) tomou providências para ampliar o fornecimento do insumo nos hospitais. Em breve, pretende instalar 15 usinas para alimentar as unidades da Secretaria de Saúde e do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF).
O edital para contratar as obras de instalação das usinas será publicado no Diário Oficial do DF (DODF) nos próximos dias. “Usaremos uma ata de registros de preços para fazer a instalação desses equipamentos de acordo com a necessidade e prioridade das nossas unidades hospitalares. Isso ficará como legado para a Secretaria de Saúde”, afirmou o secretário de Saúde, Osnei Okumoto (29).
Segundo o gestor, as usinas terão garantia de cerca de 20 anos. “É o prazo de garantia que nos dão de total funcionamento dos equipamentos”, assegurou. De acordo com a Secretária de Saúde, atualmente o DF tem contratado 500 mil m³ de oxigênio líquido por mês e o que vem sendo utilizado pelos hospitais está bem abaixo deste limite. Em fevereiro, por exemplo, foram utilizados 366 mil m³. Em março, esta marca chegou a 300.592 mil m³. Ambas abaixo do valor contratado.
“Essas usinas produzem oxigênio com pureza de 95%, que pode ser usado em leitos de enfermaria. Com as novas usinas, o abastecimento das UTIs fica ainda mais garantido, já que é necessária uma pureza de 99%. Isso vai nos dar uma segurança muito maior e sempre é preciso ressaltar que são equipamentos que ficarão definitivamente na rede pública”, acrescenta o secretário.
Embora o DF esteja bem assistido na oferta de oxigênio, o governo resolveu tomar providencias para se tornar autossuficiente no futuro. “Apesar de os contratos darem uma segurança de que não vai ocorrer interrupção no fornecimento de oxigênio, ainda assim o governador Ibaneis Rocha entendeu por bem construir essas usinas para que, permanecendo nos hospitais, eles se tornem parcialmente suficientes”, afirma Gustavo Rocha, chefe da Casa Civil.